Empresas juniores incentivam ideias empreendedoras

Com perfil de jovens com até 26 anos, Brasil conta com rede de mais de 480 empresas juniores em mais de 110 instituições de ensino, universidades maranhenses aderem com mais força ao movimento

Elias Rocha e Johanne Duailibe durante brainstorm no Coworking da Faro Comunicação. Foto: Divulgação

Ter uma ideia de sucesso e concentrar esforços para colocá-la em prática não é uma tarefa simples, quando o empreendedor de primeira viagem não tem claro os propósitos que o move, a tendência é desistir. Mas as universidades maranhenses já começam a criar espaços que possibilitam a integração e valorizam trocas de experiências, o que é fundamental no desenvolvimento e implementação de projetos.

Com o objetivo de usar o potencial de estudantes que ainda estão no ambiente universitário, e convertê-los em agentes capazes de transformar o país é que o Movimento Empresa Júnior trabalha,  a iniciativa atua no Brasil desde a década de 90. Atualmente, as mais de 110 Instituições de Ensino Superior ligadas ao projeto, somam juntas mais de 480 empresas juniores espalhadas pelos quatro cantos do país, o perfil dos novos empreendedores é de jovens com até 26 anos.

Com a proposta de serem verdadeiras incubadoras de talentos e de oportunidades de negócios, ideias surgem por todas as partes, e no Maranhão não seria diferente. Há quase três anos, um grupo de estudantes na Universidade CEUMA fundou a Faro Comunicação, primeira empresa Júnior de publicidade e marketing digital do estado, que nasceu para ser uma alternativa no mercado publicitário do Maranhão, que trabalha principalmente com microempreendedores.

“Não se sabe ao certo quais serão os empregos do futuro, mas sabe-se que envolverão criatividade, soluções de problemas e trabalho em equipe. Todas estas são habilidades essenciais e aprendidas no empreendedorismo. Vivenciar isto enquanto se está na universidade é excelente por se tratar de um ambiente de aprendizagem e ainda mais seguro para erros e os aprendizados que esses erros trazem”, ressalta o professor universitário e estrategista digital, Efrem Maranhão Filho.

Do outro lado da cidade, a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) também tem se atentado cada vez mais para as novas iniciativas empreendedoras desencadeadas pelos estudantes dentro da instituição. A universidade tem dado incentivos à realização de atividades, eventos e até apoio jurídico, o que abriu caminho para a reabertura da AquaPesc, EJ do curso de engenharia de pesca, que capacita e especializa seus membros em empreendimentos e gestão de projetos aquícolas – ambiente para a criação de peixes – com que sejam sustentáveis, acessíveis e de qualidade.

“Ter a oportunidade de vivenciar experiências empreendedoras ainda na universidade é importante para conectar os alunos com o mercado de trabalho e a comunidade. Isso ajuda a despertar uma visão de mundo diferente, dando ao aluno mais determinação para buscar seus objetivos, transformando-os em verdadeiros lideres”, diz o vice-presidente da AquaPesc, o estudante Ladilson Rodrigues.

Na Universidade Federal do Maranhão, um dos maiores polos das empresas juniores no estado, os projetos que envolvem ciência, tecnologia e inovação, contam com o apoio do Centro de Empreendedorismo da instituição. É ali que os estudantes do curso de Engenharia Elétrica que dão vida a Insight, EJ que trabalha com treinamentos e projetos com o fim de capacitar a comunidade acadêmica na área da Engenharia Elétrica e também em ferramentas de Gestão Empresarial.

“Muitas vezes, nós sentimos que existe uma fronteira entre o que estudamos e o que é realmente colocado em prática, sentimos a necessidade de ir para o mundo real e testar nossos conhecimentos, e é na empresa júnior que nós conseguimos fazer isso. Uma EJ é um lugar que dá a oportunidade de desenvolvermos habilidades fundamentais para uma carreira profissional de sucesso, através dos projetos, nós nos sentimos mais capazes de ser um engenheiro”, lembra o CEO da Insight, Mateus Magno.

Na maioria dos casos, para pôr em prática seus projetos, as empresas juniores compartilham o mesmo espaço dentro das universidades, os chamados coworking. Que funciona como “um local de ampla visão de mercado e conhecimento, onde você consegue absorver um pouco de cada um a cada dia. As pessoas aprendem ou reforçam alguns valores e princípios básicos que algumas vezes passam despercebidos pela correria do dia a dia, mas que são fundamentais para o bem-estar e convívio em coletivo”, ressalta o ex-presidente da Faro, Paulo Guilherme.


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